Saiba um pouco mais sobre Gir, os animais, a criação e seleção da raça no Sítio Paineiras em Itapetininga/SP.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Leilão dia 11 de Setembro
Dia 11 de Setembro a partir das 9 horas no Canal Rural terá um leilão interessante para quem gosta de Gir, principalmente para aqueles que procuram animais de boa raça, boa produção, com ótimo temperamento e criados a pasto, a Nova Estiva do sr. Braulio Queiroz e a fazenda Alto da Estiva, do presidente da ABCGIL, Silvio Queiroz e outros convidados disponibilizarão genética de ponta para os compradores. Ontem conversei com o sr. Braulio e posso garantir pelo que eu conheço do gado dele que muita coisa boa irá a venda, animais com sangue aberto e que remontam aos grandes criatórios como 3R e VR.
A Nova Estiva foi a base da seleção do Gir das Paineiras por aliar produtividade provada a pasto, animais voltados para o leite, mas nunca esquecendo o quesito racial e a longevidade da raça, animais de temperamento extraordinário e toda esta seleção realizada com muita competência e compromisso com a raça pelo sr. Braulio Queiroz, é raro chegar na fazenda Nova Estiva e não encontrar este jovem senhor de mais de 70 anos embaixo de uma vaca ordenhando ou no curral tratando dos bezerros, isto 7 dias por semana, é um trabalho de mais de 6o anos de seleção que irá ser disponibilizado para todo o Brasil, quem gosta de gado e de Gir não pode perder esta.
Boa sorte aos realizadores do leilão e aos futuros compradores.
Manchete da NE terá uma excelente filha a venda durante o leilão
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Novos Procedimentos Para os Filhos do Radar dos Poções
A sinuca de bico que se tornou o caso do touro Radar dos Poções esta chegando ao fim, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebú (ABCZ) nesta semana comunicou os novos procedimentos que devem ser realizados com descendentes deste importante reprodutor da raça. No site da Gir Brasil há uma ótima reportagem escrita pelo competente Rosimahttp://www.blogger.com/img/blank.gifr Silva sobre o caso (www.portaldogir.com/site/noticias.php?tla=2&cod=1240), certamente foi um dos momentos mais difíceis por qual passou a raça nestes últimos meses e felizmente esta se encaminhando para uma solução, que pode desagradar a alguns, mas mostra uma posição correta da ABCZ juntamente com as outras associações da raça.
Radar dos Poções, um dos touros mais valorizados nos últimos anos e que teve seu sêmen falsificado causando um verdadeiro furacão no mercado.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Artigo: TE x FIV - Duas Ótimas Ferramentas p/ o Produtor
Este artigo visa comparar as duas das mais modernas técnicas em reprodução animal empregadas nos rebanhos brasileiros, a Transferência de Embrião (TE) e a Fecundação in Vitro (FIV);
Ambas as tecnologias têm como objetivo permitir as matrizes a produzirem mais de um bezerro por ano. Abaixo descreverei cada técnica e listar os prós e os contras e posteriormente fazer um comparativo entre a TE e a FIV.
Transferência de Embrião (TE)
Das duas é a técnica mais antiga porém não menos eficiente, consiste em promover uma super-ovulação através de doses hormonais em horários pré-determinados, fazemos com que a res tenha múltiplas ovulações ao invés de apenas uma como normalmente, depois realizamos duas inseminações com intervalo de 12 horas para garantir que grande parte dos óvulos será fecundada; 7 dias após a inseminação fazemos uma lavagem intra-uterina, que nada mais é do que fazer passar pelo útero um líquido capaz de remover os embriões, então este líquido é filtrado por um pequeno filtro que retém os pequenos embriões em sua manta, este filtro é levado a um laboratório onde é lavado e seu conteúdo derramado em placas especiais que serão analisadas através de um estereomicroscópio (lupa) para a procura dos embriões; ao achar um embrião este é separado e pode ou ser congelado ou mesmo inovulado a fresco em uma receptora pré-avaliada. Abaixo relatarei os prós e contras da TE:
• Vantagens
- mais barata = apesar de altos gastos com hormônios e material de coleta, a TE saí mais em conta do que a FIV
- 50% de fêmeas = a TE produz número igual de machos e fêmeas
- permite a congelamento = é possível congelar o excedente de embriões com pouca perda de prenhes
- menos tecnologia = na TE o uso de equipamentos não se faz tão necessário quanto na FIV
- melhor uso de receptoras = produz mais prenhezes do que a FIV
• Desvantagens
- uso de duas doses de sêmen = precisa de duas inseminações
- não permite usar animais prenhes
- intervalo entre coletas de no mínimo 30 – 40 dias
- pode produzir cistos = a dose de hormônios pode levara fêmea a produzir cistos ovarianos
Fecundação in Vivo
Tecnologia moderna que consiste em aspirar os oócitos (óvulo + zona pelúcida) das fêmeas através de uma bomba de vácuo que cria uma pressão negativa em um tubo ligado a uma agulha, esta agulha é guiada através de uma guia especial ligada a um aparelho de ultra-som, os oócitos aspirados são depositados em um tubo e posteriormente avaliados em um laboratório ao lado do curral. Os oócitos depois de separados são levados a um laboratório de FIV onde serão maturados e fecundados com o sêmen previamente escolhido, muitas vezes uma dose de sêmen é capaz de atender duas ou mais vacas, o embrião é então formado, maturado e transferido em receptoras pré-avaliadas. Abaixo relatarei os prós e contras da FIV:
• Vantagens
- permite o uso de fêmeas prenhes = é possível aspirar reses com até 3 meses de prenhes
- não necessita o uso de hormônios
- maior freqüência do uso das matrizes = é possível realizar uma aspiração a cada 15 dias com a mesma matriz
- permite o uso de sêmen mais caros = por otimizar o uso das doses de sêmen permite ao criador usar doses raras e mais caras
- maior produção de embriões
• Desvantagens
- embriões congelados apresentam índices muito baixos = alguns laboratórios parece terem encontrados a solução para este problema, mas ainda estão em estágio de teste, em vias de regra, embriões congelados de FIV perdem muito em prenhes
- pode causar aderência do ovário = por ser um método mais invasivo onde o ovário é perfurado por agulhas diversas vezes, produz um sangramento e pode causar a aderência do ovário na parede do útero o que diminui a vida reprodutiva da matriz
- técnica mais cara = usa muita tecnologia com diversos equipamentos
- produz mais macho do que fêmeas = pode chegar até a 70% de machos, normalmente varia em torno de 60% de machos e 40% de fêmeas, o uso do sêmen sexado supri esta deficiência
- prenhes mais baixa = a média gira em torno de 35 – 40% de prenhes
- maior chance de nascer animais defeituosos = na FIV esta chance é maior devido ao processo de seleção de espermatozóides que através de uma centrifuga escolhe as células de uma determinada faixa onde se concentra mais espermatozóides de machos e com defeitos pequenos (células mais leves)
O Gir como todas as outras raças de bovinos seguem um padrão quanto a produção de embriões seja na TE ou na FIV: poucos animais produzem muito pouco, muitos produzem médio e poucos produzem muito; é preciso achar estes animais nos rebanhos e reproduzi-los.
O Gir por ser zebuíno responde muito bem à FIV por ter um maior recrutamento de oócitos por ovulação, não é raro encontrar matrizes produzindo mais de 50 oócitos, destes 1/3 se transforma em embrião, porém a seleção e a busca por famílias mais férteis e mais produtivas tem nos levado a encontrar reses capazes de produzir também muito bem através da coleta de embrião via super-ovulação, hoje em dia encontramos matrizes capazes de produzir mais de 15 embriões viáveis e de ótima qualidade, por isso é indicado usarmos apenas animais oriundos de famílias sabidamente produtivas, tanto na área de leite quanto na área reprodutiva, ou mesmo os animais Padrão que venham a acrescentar nas características raciais do rebanho; o Gir por característica produz embriões de ótima qualidade e que apresentam índices de prenhes acima da média, assim como também os machos mostraram-se superiores na produção de sêmen, é uma ótima notícia para a raça que tem como objetivo conquistar o seu espaço na pecuária nacional.
Neste artigo a idéia é de esclarecer o que são estas duas importantes ferramentas das quais o pecuarista de animais de elite conta a seu favor, são técnicas caras que devem ser usadas com critério. Ambas possuem vantagens e desvantagens, por isso creio que possam ser usadas em conjunto, de forma alternada ou dependendo da disponibilidade de sêmen, receptoras, localização e opinião de um profissional, o importante é que por se tratarem de técnicas que otimizam o uso das matrizes é necessário que sejam utilizados apenas animais melhoradores, animais dos quais já sabemos a produção e o que esperar deles.
Bezerros da raça Gir produtos de TE juntos com as suas "mães".
Ambas as tecnologias têm como objetivo permitir as matrizes a produzirem mais de um bezerro por ano. Abaixo descreverei cada técnica e listar os prós e os contras e posteriormente fazer um comparativo entre a TE e a FIV.
Transferência de Embrião (TE)
Das duas é a técnica mais antiga porém não menos eficiente, consiste em promover uma super-ovulação através de doses hormonais em horários pré-determinados, fazemos com que a res tenha múltiplas ovulações ao invés de apenas uma como normalmente, depois realizamos duas inseminações com intervalo de 12 horas para garantir que grande parte dos óvulos será fecundada; 7 dias após a inseminação fazemos uma lavagem intra-uterina, que nada mais é do que fazer passar pelo útero um líquido capaz de remover os embriões, então este líquido é filtrado por um pequeno filtro que retém os pequenos embriões em sua manta, este filtro é levado a um laboratório onde é lavado e seu conteúdo derramado em placas especiais que serão analisadas através de um estereomicroscópio (lupa) para a procura dos embriões; ao achar um embrião este é separado e pode ou ser congelado ou mesmo inovulado a fresco em uma receptora pré-avaliada. Abaixo relatarei os prós e contras da TE:
• Vantagens
- mais barata = apesar de altos gastos com hormônios e material de coleta, a TE saí mais em conta do que a FIV
- 50% de fêmeas = a TE produz número igual de machos e fêmeas
- permite a congelamento = é possível congelar o excedente de embriões com pouca perda de prenhes
- menos tecnologia = na TE o uso de equipamentos não se faz tão necessário quanto na FIV
- melhor uso de receptoras = produz mais prenhezes do que a FIV
• Desvantagens
- uso de duas doses de sêmen = precisa de duas inseminações
- não permite usar animais prenhes
- intervalo entre coletas de no mínimo 30 – 40 dias
- pode produzir cistos = a dose de hormônios pode levara fêmea a produzir cistos ovarianos
Fecundação in Vivo
Tecnologia moderna que consiste em aspirar os oócitos (óvulo + zona pelúcida) das fêmeas através de uma bomba de vácuo que cria uma pressão negativa em um tubo ligado a uma agulha, esta agulha é guiada através de uma guia especial ligada a um aparelho de ultra-som, os oócitos aspirados são depositados em um tubo e posteriormente avaliados em um laboratório ao lado do curral. Os oócitos depois de separados são levados a um laboratório de FIV onde serão maturados e fecundados com o sêmen previamente escolhido, muitas vezes uma dose de sêmen é capaz de atender duas ou mais vacas, o embrião é então formado, maturado e transferido em receptoras pré-avaliadas. Abaixo relatarei os prós e contras da FIV:
• Vantagens
- permite o uso de fêmeas prenhes = é possível aspirar reses com até 3 meses de prenhes
- não necessita o uso de hormônios
- maior freqüência do uso das matrizes = é possível realizar uma aspiração a cada 15 dias com a mesma matriz
- permite o uso de sêmen mais caros = por otimizar o uso das doses de sêmen permite ao criador usar doses raras e mais caras
- maior produção de embriões
• Desvantagens
- embriões congelados apresentam índices muito baixos = alguns laboratórios parece terem encontrados a solução para este problema, mas ainda estão em estágio de teste, em vias de regra, embriões congelados de FIV perdem muito em prenhes
- pode causar aderência do ovário = por ser um método mais invasivo onde o ovário é perfurado por agulhas diversas vezes, produz um sangramento e pode causar a aderência do ovário na parede do útero o que diminui a vida reprodutiva da matriz
- técnica mais cara = usa muita tecnologia com diversos equipamentos
- produz mais macho do que fêmeas = pode chegar até a 70% de machos, normalmente varia em torno de 60% de machos e 40% de fêmeas, o uso do sêmen sexado supri esta deficiência
- prenhes mais baixa = a média gira em torno de 35 – 40% de prenhes
- maior chance de nascer animais defeituosos = na FIV esta chance é maior devido ao processo de seleção de espermatozóides que através de uma centrifuga escolhe as células de uma determinada faixa onde se concentra mais espermatozóides de machos e com defeitos pequenos (células mais leves)
O Gir como todas as outras raças de bovinos seguem um padrão quanto a produção de embriões seja na TE ou na FIV: poucos animais produzem muito pouco, muitos produzem médio e poucos produzem muito; é preciso achar estes animais nos rebanhos e reproduzi-los.
O Gir por ser zebuíno responde muito bem à FIV por ter um maior recrutamento de oócitos por ovulação, não é raro encontrar matrizes produzindo mais de 50 oócitos, destes 1/3 se transforma em embrião, porém a seleção e a busca por famílias mais férteis e mais produtivas tem nos levado a encontrar reses capazes de produzir também muito bem através da coleta de embrião via super-ovulação, hoje em dia encontramos matrizes capazes de produzir mais de 15 embriões viáveis e de ótima qualidade, por isso é indicado usarmos apenas animais oriundos de famílias sabidamente produtivas, tanto na área de leite quanto na área reprodutiva, ou mesmo os animais Padrão que venham a acrescentar nas características raciais do rebanho; o Gir por característica produz embriões de ótima qualidade e que apresentam índices de prenhes acima da média, assim como também os machos mostraram-se superiores na produção de sêmen, é uma ótima notícia para a raça que tem como objetivo conquistar o seu espaço na pecuária nacional.
Neste artigo a idéia é de esclarecer o que são estas duas importantes ferramentas das quais o pecuarista de animais de elite conta a seu favor, são técnicas caras que devem ser usadas com critério. Ambas possuem vantagens e desvantagens, por isso creio que possam ser usadas em conjunto, de forma alternada ou dependendo da disponibilidade de sêmen, receptoras, localização e opinião de um profissional, o importante é que por se tratarem de técnicas que otimizam o uso das matrizes é necessário que sejam utilizados apenas animais melhoradores, animais dos quais já sabemos a produção e o que esperar deles.
Bezerros da raça Gir produtos de TE juntos com as suas "mães".
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Gir das Paineiras Adquire Matrizes do Gir do Litoral
O Gir das Paineiras adquiriu importantes matrizes para o seu plantel provenientes da seleção do Gir do Litoral em Guarapari/ES, de propriedade do criador e amigo Roberto Bolsanello, as matrizes são de criatórios renomados e que muito acrescentarão à nossa seleção, são animais das marcas Bey e ZS, referencias nacionais na seleção da raça. O Gir das Paineiras já conta em seu plantel com matrizes da seleção do Litoral, são jovens reses de destaque absoluto tanto no leite quanto no quesito racial, como a Caxemira do Litoral e Delhi do Litoral.
Mais do que um criador Roberto Bolsanello sempre foi um grande parceiro e amigo, os dois criatórios já compraram a Dacha TE da Ubre em parceria, também se juntaram quando firmaram um acordo para que sete jovens matrizes do Gir do Litoral se somassem a algumas matrizes do Gir das Paineiras formando o Condomínio Ganesha, sendo assim esta amizade já vem de longa data, certamente é um dos grandes amigos que fiz dentro da raça, daqueles que levamos para a vida toda, seja em rodas de conversa em exposições, seja via internet, é certamente um “irmão” e para nós do Gir das Paineiras é uma grande alegria poder contar com animais escolhidos e selecionado pelo Beto Bolsanello. Betão, a família girista e todos os seus amigos te desejam muita sorte e um até breve, você ajuda e muito o Gir e a todos.
Grande abraço
Zé Eduardo
Gir das Paineiras
Freddy Magalhães (Gir IMMA), José Eduardo Mello (Gir das Paineiras) e Beto Bolsanello (Gir do Litoral) durante o julgamento na exposição de Goiânia.
Bebela (BEY 3076 DA L.VM x CALDEIA DA L.VM BEY 3203), uma das reses adquiridas junto ao Gir do Litoral.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Touros Antigos: Rocar Orvalho Zonado e Gaiolão DC
Dando continuidade aos comentários sobre os touros antigos falaremos sobre dois reprodutores pouco usados, mas que deixaram animais importantes para a raça espalhados por todo o país, são eles Rocar Orvalho Zonado e Gaiolão DC, dois importantes representantes das mais antigas seleções da raça.
Começaremos falando do Rocar Orvalho, filho do Zonado Maxixe (368,43 PTA no sumário da ABCZ/Unesp), importante reprodutor que deixou uma família consagrada na Estância Silvânia, já que a Rocar Juju Zonado é filho dele também, sendo assim Rocar Orvalho é irmão paterno da mãe do Belur Kubera, Uranio da Silvânia, Zorro da Silvânia entre outros animais de muito destaque na raça; na parte baixa do pedigree, Rocar Orvalho é filho da Virtude, res com mais de 5.000 kg de leite e que vai a Juassui Virbay, portanto possui pedigree aberto para os grandes touros da atualidade.
Sobre o touro, em minha opinião e analisando as fotos, Rocar Orvalho é um touro de ótima profundidade, bom comprimento, garupa muito boa, linha de dorso poderia ser um pouco melhor, umbigo corrigido e muito bom, aprumos corretos, cupim poderia ser um pouco maior, mas é bem posicionado, pescoço de bom tamanho, saída de chifres corretas, com chifres chatos e não muito grossos, saem para baixo e depois viram para cima, marrafa correta, orelhas de bom tamanho e gavionadas, cabeça leve e masculina, além de uma pelagem chitada de vermelho interessante, suas filhas primam belo ótimo temperamento, longevidade e facilidade na ordenha, pelo menos pelas poucas filhas que conheço deste reprodutor é possível ver matrizes com ótimo sistema mamário, animais de estatura mais baixa, porém extremamente férteis e muito bons de caracterização, por estes atributos eu considero o Rocar Orvalho uma excelente opção para refrescamento de sangue e certamente gostaria de ver este animal com mais frequência nos pedigrees dos animais. É provado com 188,1 de PTA no sumário da ABCGIL/Embrapa e 270,5 no da ABCZ/Unesp.
______________________________________________________________
Outro reprodutor importante para a raça é o Gaiolão DC, touro que fez história na Estância Jasdan e na seleção do sr. João Feliciano Ribeiro em Paraopeba/MG que teve inicio nos anos 30. Gaiolão DC era filho do P.K. Bagyiar DC, touro POI filho do grande Pushpano Importado, sua mãe, Bermuda DC, por sua vez resgatava o sangue da Rúpia Importada, res que veio na importação de 62 pelo sr. Celso Garcia Cid, e da grande Virbay III, res maravilhosa que gerou o Virbay branco, touro que deixou muita coisa boa na Calcioândia, esta é uma linhagem que carrega consigo a história da raça no Brasil.
Sobre o touro, em minha opinião e analisando as fotos, Gaiolão DC era um touro de pelagem vermelha intensa, e passa isso para os filhos, não me lembro de ter visto nenhum animal desta linhagem sem a predominância desta pelagem, touro de ótimo tamanho, profundo, bom comprimento, garupa levemente escorrida, linha de dorso correta, aprumos corretos, umbigo poderia ser um pouco mais curto, cupim volumoso e bem inserido, pescoço de ótimo tamanho, saída de chifres poderia ser um pouco mais baixa, nada que o penalize, chifres chatos, porém grossos (tende a produzir animais com chifres mais grossos, mas se bem acasalado este problema é facilmente corrigido), orelhas de bom tamanho e gavionadas, marrafa correta e uma cabeça masculina e um pouco pesada, enfim é uma linhagem extremamente interessante, já que tem um pedigree aberto e produz animais muito mansos, esta é uma das principais marcas desta linhagem, produtivos, longevos e de ótima pelagem. É um touro provado no sumário da ABCZ/Unesp com PTA de 101,48 kg e gostaria de ver com mais frequência o Gaiolão DC em pedigrees de animais espalhados pelo país, é um touro que agrega leite a um temperamento extraordinário em animais bem caracterizados e com muita longevidade.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Artigos: Freemartinismo em Bovinos
Neste pequeno artigo falaremos do Freemartinismo em bovinos, que apesar do nome pouco comum é um problema reprodutivo freqüente em todas as fazendas, trata-se de uma forma característica de intersexualidade resultante da gestação gemelar de fetos de sexos opostos, sendo assim a fêmea, em algumas regiões é chamada de vaca “maninha”, apresenta características de machos (pescoço e espáduas musculosos), pouco desenvolvimento do sistema mamário, clitóris avantajado, vagina em tamanho reduzido, ovários pouco desenvolvidos ou ausentes e hipoplasia dos cornos uterinos.
Para entender porque ocorre o freemartinismo precisamos antes comentar sobre o ambiente de uma gestação gemelar no útero de uma fêmea bovina. A circulação sanguínea no interior do sistema reprodutivo de uma vaca em gestação gemelar sofre anastomoses vasculares, de maneira simples é a união da circulação de um feto com a do outro feto, sendo assim há o intercâmbio de substâncias entre ambos os fetos, este é o cenário de uma gestação de dois embriões em um útero bovino.
Passado o conceito sobre a vascularização que ocorre em uma gestação gemelar em bovinos podemos discutir sobre o freemartinismo em si; este tipo de intersexualidade ocorre devido ao fato de que as gônadas masculinas se desenvolvem com mais rapidez do que as femininas, sendo assim começam a produzir di-hidrotestosterona que é responsável pelo desenvolvimento da genitália externa, através das anastomoses também são passados o MIF (fator inibidor dos ductos de Müller) e o TDF (fator de diferenciação testicular) responsáveis pela má formação do sistema reprodutivo da fêmea.
A fêmea Freemartim comumente é apartada como um dos melhores animais do rebanho graças ao seu maior porte e desenvolvimento, porém devido ao grau de má formação que o animal possui, este deve ser descartado já que é uma res incapaz de reproduzir; o macho apesar de não ter aparentemente nenhum defeito mais grave, na maioria das vezes apresenta testículos hipoplásicos e deve ser descartado. Sendo assim o freemartinismo é um problema de intersexualidade causada por um parto gemelar de animais de sexos opostos e que trás perdas econômicas e é freqüentemente observado em diversas fazendas, principalmente onde se faz o uso da IATF com a aplicação de eCG ou FSH para dar incrementar o resultado da técnica.
Bibliografia
GRUNERT, E; BIRGEL, E.H., VALE, W.G., BIRGEL JR, E.H. Patologia e Clínica da Reprodução dos Animais Mamíferos Domésticos. 2005
Casal de bezerros gêmeos, existe uma grande possibilidade de a fêmea ser infertil e/ou "maninha"
Para entender porque ocorre o freemartinismo precisamos antes comentar sobre o ambiente de uma gestação gemelar no útero de uma fêmea bovina. A circulação sanguínea no interior do sistema reprodutivo de uma vaca em gestação gemelar sofre anastomoses vasculares, de maneira simples é a união da circulação de um feto com a do outro feto, sendo assim há o intercâmbio de substâncias entre ambos os fetos, este é o cenário de uma gestação de dois embriões em um útero bovino.
Passado o conceito sobre a vascularização que ocorre em uma gestação gemelar em bovinos podemos discutir sobre o freemartinismo em si; este tipo de intersexualidade ocorre devido ao fato de que as gônadas masculinas se desenvolvem com mais rapidez do que as femininas, sendo assim começam a produzir di-hidrotestosterona que é responsável pelo desenvolvimento da genitália externa, através das anastomoses também são passados o MIF (fator inibidor dos ductos de Müller) e o TDF (fator de diferenciação testicular) responsáveis pela má formação do sistema reprodutivo da fêmea.
A fêmea Freemartim comumente é apartada como um dos melhores animais do rebanho graças ao seu maior porte e desenvolvimento, porém devido ao grau de má formação que o animal possui, este deve ser descartado já que é uma res incapaz de reproduzir; o macho apesar de não ter aparentemente nenhum defeito mais grave, na maioria das vezes apresenta testículos hipoplásicos e deve ser descartado. Sendo assim o freemartinismo é um problema de intersexualidade causada por um parto gemelar de animais de sexos opostos e que trás perdas econômicas e é freqüentemente observado em diversas fazendas, principalmente onde se faz o uso da IATF com a aplicação de eCG ou FSH para dar incrementar o resultado da técnica.
Bibliografia
GRUNERT, E; BIRGEL, E.H., VALE, W.G., BIRGEL JR, E.H. Patologia e Clínica da Reprodução dos Animais Mamíferos Domésticos. 2005
Casal de bezerros gêmeos, existe uma grande possibilidade de a fêmea ser infertil e/ou "maninha"
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